AS BIBLIOTECAS ITINERANTES EM PORTUGAL E A SALVAGUARDA DO PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL. ALGUMAS METODOLOGIAS DE RECOLHA
Casa-Memória de Camões, Constância, 12 de maio de 2018
Tendo a sua origem em meados do século XX, por intervenção de Branquinho da Fonseca com a então designada «Biblioteca Móvel» que começou a circular em Cascais em 1953 (a partir do Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães), as «Bibliotecas Itinerantes» vieram a ser institucionalizadas por acção sua e de Azeredo Perdigão (Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian) que em 1958 fundou o histórico «Serviço de Bibliotecas Itinerantes» com a finalidade de «desenvolver o gosto pela leitura e elevar o nível cultural dos cidadãos, assentando a sua prática no princípio do livre acesso às estantes, empréstimo domiciliário e gratuitidade do serviço».
Mantendo o essencial do seu sentido inicial, mas assumindo hoje inéditas características, as actualmente designadas «Bibliomóveis» (melhor e mais variadamente apetrechadas, onde se incluem para além dos livros, DVD, CD, computadores, fotografias, mapas, jogos e folhetos, etc.), parecem apostadas também em promover, complementarmente, um novo tipo de serviço público: a recolha oral das diversas expressões da cultura local. É sobre esta mais recente e inestimável actuação ainda pouco sistematizada e conhecida que se pretende agora fazer incidir a atenção, contribuindo deste modo para uma intervenção mais determinada, programada e profícua, em proveito da cultura, da identidade e, em especial, do Património Cultural Imaterial do nosso país.
Luís Marques
Alguns dos participantes na mesa-redonda junto à Bibliomóvel da Câmara Municipal do Montijo.
PROGRAMA
«GÉNESE, HISTORIAL E PERSPECTIVAS DAS BIBLIOTECAS EM MOVIMENTO. A IMPORTÂNCIA DA SUA ACÇÃO DE SALVAGUARDA DO PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL»
Rui Neves
(Bibliotecário da Câmara Municipal de Montijo. Licenciado em História/Especialização em Ciências Documentais. Ex-Presidente da Direcção da Liberpolis - Associação para a Promoção e Desenvolvimento das Bibliotecas Públicas da Área Metropolitana de Lisboa e Coordenador do Grupo de Bibliotecas Públicas da BAD - Associação Portuguesa de Bibliotecários)
«A BIBLIOMÓVEL DE PROENÇA-A-NOVA E O PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL»
Nuno Marçal
(Bibliotecário da Biblioteca Municipal de Proença-a-Nova, responsável pela Bibliomóvel.Licenciado em Sociologia/Especialização em Ciências Documentais)
«ITINERÂNCIAS BIBLIOTECÁRIAS E A SALVAGUARDA DO PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL NO BARROSO»
Maria Gorete Afonso
(Bibliotecária da Biblioteca Municipal de Montalegre. Doutora em Educação/Professora, Documentalista)
«RECOLHAS DE CARIZ IMATERIAL ENTRE A SERRA E O BARROCAL EM SÃO BRÁS DE ALPORTEL»
Cidália Pacheco
(Biblioteca Municipal de S. Brás de Alportel, Responsável pela Biblioteca Itinerante, bem como dos projetos Livros sobre Rodas; Biblioteca Fora de Si!; Biblioexpresso e Linhas & Letras/Técnica de Biblioteca, Arquivo e Documentação)
«METODOLOGIAS DE RECOLHA ETNOGRÁFICA. REGISTO DE ORALIDADES, PERFORMANCES TRADICIONAIS E OUTRAS EXPRESSÕES CULTURAIS IMATERIAIS ENQUANTO MEMÓRIA E MANIFESTAÇÃO VIVA DA IDENTIDADE LOCAL»
Maria do Rosário Pestana
(Doutora em Etnomusicologia/Directora Curso Mestrado em Música-Universidade Aveiro e investigadora Instituto de Etnomusicologia, Centro de Estudos em Música e Dança)
MODERAÇÃO: LUÍS MARQUES
(Presidente da Associação Portuguesa para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial. Doutor em Antropologia)
Organização
Associação Portuguesa para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial
Apoio
Câmara Municipal de Constância e Casa-Memória de Camões