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Segundas Jornadas Alentejo

As 2as JORNADAS PARA A SALVAGUARDA DO PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL DO ALENTEJO (ver programa), realizadas em Elvas, no dia 16 de Setembro, no Auditório São Mateus, organizadas pela ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA A SALVAGUARDA DO PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL, com o apoio da Câmara Municipal de Elvas e a colaboração das Câmaras Municipais de Évora, Ferreira do Alentejo, Estremoz, Vidigueira, Grândola, Marvão e Campo Maior, Entidade Regional do Turismo do Alentejo e Ribatejo, Museu de Arqueologia e Etnografia do distrito de Setúbal, Sociedade de Geografia de Lisboa, PPORTODOSMUSEUS, Associação PédeXumbo e Edições Colibri e Tradisom, pretenderam contribuir para a salvaguarda e para uma mais ampla perceção da riqueza e diversidade do Património Cultural Imaterial do Alentejo.

 

 

Os seus participantes que tiveram oportunidade de assistir às diversas comunicações, e debater e trocar experiências no âmbito do Património Cultural Imaterial (PCI) apresentaram sugestões e manifestaram algumas preocupações, entre as quais as que se seguem, dada a sua consensualidade:

 

1. Reconhecer o trabalho meritório que neste domínio vem sendo realizado por várias Câmaras Municipais, apelando, no entanto, para que todas as autarquias intensifiquem as suas ações de salvaguarda e de valorização do PCI.

 

2. Promover a formação específica em PCI aplicada à realidade local/regional.

 

3. Dinamizar a componente imaterial na prática museológica quotidiana.

 

4. Atender à necessidade básica de se proceder quer à identificação, quer à inventariação do PCI em cada um dos Municípios, independentemente do trabalho que esteja em curso visando, tanto a inscrição no Inventário Nacional do PCI, como eventualmente uma candidatura a qualquer uma das duas listas da UNESCO (Representativa ou que Necessita de Salvaguarda Urgente).

 

5. Sugerir a inventariação das «valsas mandadas», da Serra de Grândola, tendo em vista a sua integração no Inventário Nacional do PCI.

 

6. Continuar a promover a recolha e o estudo dos diversos falares regionais.

 

7. No domínio do «saber-fazer», alertar e procurar encontrar soluções para as situações mais graves, como é o caso, nomeadamente, do último oleiro de barro vermelho, mestre Mário Lagartinho, de Estremoz ou do casal de esteireiros de Odivelas, José Nunes e Hermínia Nunes, possuidores de um identitário «saber-fazer» desta freguesia de Ferreira do Alentejo. Tanto mais que estes não são casos isolados, pois isso também sucede noutras zonas do país, como por exemplo, com o mestre João Teodósio, o derradeiro abegão em Albufeira e com Renato Araújo, mestre escaiolador, habitante de Olhão, ou então com o mestre calafate e barqueiro Sérgio Silva, o único que ainda labora no Médio Tejo.

 

8. Propor que as 3as Jornadas para a Salvaguarda do PCI do Alentejo sejam realizadas em Évora.



Sessão de abertura com intervenção da Vereadora da Cultura, Vitória Branco, em substituição do Presidente da C. M. de Elvas, Nuno Mocinha. Na mesa, a Directora Regional da Cultura do Alentejo, Paula Amendoeira e o Presidente da Associação, Luís Marques.

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