Olaria Negra de Bisalhães
A OLARIA NEGRA DE BISALHÃES passou a integrar a Lista do Património Cultural Imaterial que Necessita de Salvaguarda Urgente, uma decisão tomada pela UNESCO no dia 29 de Novembro de 2016.
Esta decisão é tanto mais importante, quanto sabemos que diz respeito a uma atividade que se encontra em perigo de extinção, pois serão apenas cinco os oleiros que continuam a manter ativo este «saber-fazer», a constituírem-se como «tesouros humanos vivos», segundo a própria terminologia da UNESCO.
A este propósito, poderá ler abaixo o Comunicado da Associação PCI:
A Associação Portuguesa para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial saúda a decisão da UNESCO de incluir a OLARIA NEGRA DE BISALHÃES na Lista do Património Cultural Imaterial que Necessita de Salvaguarda Urgente.
Esta decisão é tanto mais importante, quanto sabemos que diz respeito a uma actividade que se encontra em perigo de extinção, pois serão apenas cinco os oleiros que continuam a manter activo este «saber-fazer», a constituírem-se como «tesouros humanos vivos», segundo a própria terminologia da UNESCO.
Contudo, infelizmente, não se trata de um caso único, visto que, presentemente, outras situações idênticas ocorrem, por exemplo, com outros mestres, como o calafate, o abegão, o escaiolador e o esparteiro nas regiões do Médio Tejo, do Algarve e da Beira Interior, respectivamente.
Este acontecimento vem chamar também a atenção para a necessidade do Património Cultural Imaterial em Portugal ser considerado um Património Cultural a salvaguardar e a valorizar, tal como acontece com o arquitectónico e o arqueológico, em vez de continuar a ser ignorado e menosprezado, sem assumir espaço condigno a nível da política institucional/oficial, nem a beneficiar de uma acção que ultrapasse a indispensável, mas única intervenção actual, isto é, o sistema de informação de suporte ao Inventário Nacional, o MatrizPCI.
Claro que fazemos votos para que o Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que decorre em Adis Abeba, na Etiópia, venha a aprovar igualmente a FALCOARIA PORTUGUESA, um património humano vivo que foi objecto de uma candidatura apresentada pela C. M. de Salvaterra de Magos. Note-se que mais de uma dezena de países onde esta prática milenar também se verifica, já integram a Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade, o que é indiciador de uma nova e bem-sucedida candidatura portuguesa.
Estes reconhecimentos, a verificarem-se, vêm juntar-se ao Fado, à Dieta Mediterrânica, ao Cante Alentejano e à «Arte Chocalheira», exemplos bem significativos da riqueza patrimonial imaterial existente no nosso país.
29 de Novembro de 2016
Claro que fazemos votos para que o Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que decorre em Adis Abeba, na Etiópia, venha a aprovar igualmente a FALCOARIA PORTUGUESA, um património humano vivo que foi objecto de uma candidatura apresentada pela C. M. de Salvaterra de Magos. Note-se que mais de uma dezena de países onde esta prática milenar também se verifica, já integram a Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade, o que é indiciador de uma nova e bem-sucedida candidatura portuguesa.
Estes reconhecimentos, a verificarem-se, vêm juntar-se ao Fado, à Dieta Mediterrânica, ao Cante Alentejano e à «Arte Chocalheira», exemplos bem significativos da riqueza patrimonial imaterial existente no nosso país.
29 de Novembro de 2016
O Presidente da Associação Portuguesa para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial
Luís Marques
Foto de Paulo Araújo
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