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Cante Alentejano
Foi em 27 de novembro de 2014, na 9.ª sessão do Comité Intergovernamental, que o Cante Alentejano, por decisão unânime, passou a integrar a Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade.  
 
A Associação PCI pretende homenagear todos os intérpretes desta expressão cultural imaterial que prossegue nos nossos dias, executada, entre outros, por mais de uma centena de grupos corais radicados no Alentejo, em várias partes do país, e no estrangeiro.
 
Nesse sentido, destacamos aqui uma recolha em vídeo do Cante ao Menino, feita por Michel Giacometti, em Vila Verde de Ficalho, assim como a interpretação Alentejo, Alentejo, dos Cantadores de Serpa, em imagens gravadas pelo Diário do Alentejo, a quem muito agradecemos.
 
O momento da integração do Cante Alentejano na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade foi assinalado num texto do presidente da PCI-Associação Portuguesa para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, Luís Marques, enviado à comunicação social em 26 de novembro de 2015:
 
A Associação Portuguesa para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial saúda a decisão da UNESCO de integrar o Cante Alentejano na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Neste dia tão especial para a causa do Património Imaterial, vem também felicitar a Câmara Municipal de Serpa/Casa do Cante, a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo e demais entidades e colaboradores que participaram nesta bem-sucedida candidatura.
De facto, é com enorme regozijo que vemos o Cante Alentejano associado agora ao Fado e à Dieta Mediterrânica e a centenas de outras manifestações imateriais originárias de várias partes do mundo, igualmente possuidoras deste estatuto conferido pela UNESCO. Com efeito, a força telúrica que se desprende dos seus corais majestosos (a duas, três e quatro vozes) como quem cumpre, religiosamente, um velho ritual, afigura-se capaz de nos fazer escutar o próprio ritmo da terra ou de nos aproximar dos mais profundos sentidos da Natureza constituindo, podemos dizê-lo, um verdadeiro monumento do património cultural imaterial português.
Finalmente, nesta oportunidade, não queremos deixar de mencionar a circunstância da candidatura da «Arte Chocalheira» – profissão que corre sérios riscos de extinção – já ter sido acolhida pela UNESCO, no passado mês de março, desejando que esta no próximo ano, venha a obter idêntico sucesso, vindo a integrar a Lista do Património Cultural Imaterial que Necessita de Salvaguarda Urgente, aumentando assim a compreensão, quer sobre o património imaterial em risco, quer sobre a rica diversidade dos bens culturais imateriais da humanidade.
PS – Nesta oportunidade, uma especial saudação é devida a Francisco Teixeira e à MODA – Associação do Cante Alentejano, que já nos acompanham desde a 1.ª Assembleia de Fundadores, realizada na Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais. Para eles os nossos mais sinceros parabéns!


Foto: Comissão Nacional da UNESCO


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