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Algarve
As 1as Jornadas para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial do Algarve (ver programa) foram realizadas em Tavira, no dia 17 de outubro de 2015, no auditório da Biblioteca Municipal, organizadas pela Associação Portuguesa para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial. Estas Jornadas contaram, com o apoio da Câmara Municipal de Tavira e com a colaboração das Câmaras Municipais de Loulé, Silves, Castro Marim, Olhão, Vila Real de Santo António, e Albufeira; Parque Natural da Ria Formosa; Rede de Museus do Algarve; Universidade do Algarve, Universidade Lusófona; Sociedade de Geografia de Lisboa; PPORTODOSMUSEUS; e Edições Colibri.
 
 
O evento pretendeu contribuir para a salvaguarda e para uma mais ampla perceção da riqueza e diversidade do Património Cultural Imaterial do Algarve.
 
Os seus participantes que tiveram oportunidade de assistir às comunicações, debater e trocar experiências no âmbito do Património Cultural Imaterial, apresentaram sugestões e manifestaram algumas preocupações e propostas, entre as quais as que se seguem, dada a sua consensualidade:
 
1. Reconhecer o trabalho meritório que neste domínio vem sendo realizado por várias Câmaras Municipais apelando, também, para que todas as autarquias intensifiquem ações de salvaguarda e valorização do Património Cultural Imaterial;
 
2. Afirmar a urgência de criar no Algarve um Programa Operacional que institua o Plano Estratégico para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial do Algarve; 
 
3. Considerar a manifestação de religiosidade popular «Mãe Soberana», como suscetível de vir a justificar uma candidatura à UNESCO;
 
4. Dinamizar a componente imaterial na prática museológica quotidiana, nomeadamente através de formação específica em Património Cultural Imaterial;
 
5. No domínio do «saber-fazer», alertar para as situações mais graves, como acontece com o mestre João Teodósio, o derradeiro abegão em Ferreiras – Albufeira, e Renato Araújo, mestre escaiolador, habitante de Olhão. Tanto mais que estes não são casos isolados. Basta pensarmos no Senhor Sérgio Silva, mestre calafate e barqueiro, o único que ainda labora no Médio Tejo, ou no Senhor José Encarnação, o último esparteiro da Beira Interior, sem esquecer a «Arte Chocalheira», exercida por apenas cerca de uma dezena de mestres chocalheiros e que atualmente pretende ser reconhecida pela UNESCO como património cultural imaterial que necessita de medidas urgentes;
 
6. Promover a salvaguarda das oralidades tradicionais através de projetos ou atividades conduzidas por autarquias e outras entidades recetivas a esta temática;
 
7. Propor que as 2as Jornadas para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial do Algarve sejam realizadas em Loulé.
 

 
Aspeto dos participantes e da mesa na sessão de abertura: Luís Marques (Antropólogo, Presidente da Associação) e Jorge Botelho (Presidente da Câmara Municipal de Tavira).
 
Painel I. Cristiana Bastos (Antropóloga), Carlos Ventura (Pós-Graduado em Património Cultural Imaterial) moderador, Pere Ferré (Professor Catedrático da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve) e Jorge Queiroz (Coordenador da Inscrição da Dieta Mediterrânica na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade).
 
Painel II. Marta Santos (Arquiteta e Pós-Graduada em Património Cultural Imaterial), Adelaide Furtado (jurista e Pós-graduada em Património Cultural Imaterial) moderadora, Sónia Tomé (Antropóloga) e Ana Xavier (Antropóloga).
 

   
Vista de alguns dos momentos dos debates.
 
Vista de alguns dos momentos dos debates.
   



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